
A rigor, Londrina, Maringá e Apucarana ficam na região chamada Norte Central Paranaense ou Norte Novo. O Norte Pioneiro fica a leste e é representado, na nossa experiência, por Assaí e Cornélio Procópio.
No mapa do Paraná, quanto mais intensa for a cor azul, maior a densidade populacional. No Centro Norte predominam Maringá à esquerda e Londrina à direita.
NORTE do PARANÁ

Mapa da densidade populacional do estado do Paraná.
Data 3 de abril de 2012
Maringá é uma cidade que foi implantada com projeto urbano para dar apoio aos colonizadores.
Londrina, que seria parada de viagem, acabou roubando a importância. Aliás, chama-se assim porque os desbravadores acharam a constante neblina igual à de Londres. (Recomendo não comprar passagens aéreas para o horário da manhã!) Ambas cresceram constantemente, graças à incrível fertilidade da terrra e às chuvas regulares. Hoje são cidades pujantes e vê-se prédios de alto padrão em construção por todos os lados.

Maringá, centro urbano planejado e economia pujante.
A ocupação do Norte do Paraná
Nas primeiras décadas do século XX, alguns fazendeiros paulistas, mineiros e gaúchos desejavam novas terras para ampliarem suas propriedades. O Norte-Central do Paraná estava intocado e suas terras vermelhas e muito férteis estavam “logo ali”. Mas sem estradas. Os pioneiros abriram picadas e derrubaram a mata atlântica.

O Norte do Paraná no início do séc. XX:
cena conhecida também dos menonitas na Serra Catarinense em 1930.
Os capitais para os investimentos necessários foram conseguidos em bancos estrangeiros, principalmente ingleses. O futuro Rei Eduardo VIII esteve como príncipe por essas bandas para ver no que estava investindo.
A partir de 1920, o grupo econômico liderado pelo paulista Antônio Barbosa Ferraz, que já possuía cerca de um milhão de pés de café em Cambará, vizinha paranaense de Ourinhos SP, resolveu iniciar a construção de uma estrada de ferro. A partir de Ourinhos a ferrovia passaria pelo Norte do Paraná e, atravessando a fronteira em Guaíra, deveria chegar em Assunção no Paraguai.
Hoje a linha férrea tem apenas uns 300 km e muitas das antigas estações estão sendo restauradas como Museus Históricos.

Antiga estação de trem hoje é Museu do Café em Pirapó, distrito de Apucarana.
Vieram portanto paulistas, que mantiveram seus laços com São Paulo e se relacionaram com Curitiba apenas na burocracia inevitável. Ouve-se aqui o rr carregado do sul paulista. Nós curitibanos chamamos a atenção com nosso sotaque.
Também vieram colonos europeus, árabes e japoneses. Eslavos trouxeram a Igreja Ortodoxa e os pierogues, árabes seus hábitos comerciais e os japoneses, o cuidado com as ruas floridas.

Em meio à mata, encontramos a primeira igreja
construída a 10 km do atual centro de Apucarana.
É uma Igreja Ortodoxa Ucranaiana Espírito Santo, ainda ativa.

Cerejeira japonesa diante da araucária parananense.
Venha conosco descobrir um Paraná que os curitibanos desconhecem: