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Vasos de barro para a glória de Deus

Introdução


Para a irmã Lydia Boldt e todos os irmãos e amigos enlutados pelo falecimento do nosso irmão, colega e amigo, professor, pregador, servo de Deus John Boldt. Queremos ler alguns versículos da 2ª. carta aos Coríntios, começando com o capítulo 4 versículos 13,14,16; 5:1.


Ainda não conseguimos entender o trágico acidente que tirou a vida do nosso irmão e pai de família, mas queremos crer e confiar na soberana, santa e também bondosa vontade de Deus. Queremos confiar naquilo que ele diz em sua Palavra  Is 55:9.


Por isso não queremos lamentar como aqueles que não têm esperança, mas antes inspirar-nos na Palavra de Deus, que sempre guiou a vida do irmão John Boldt.


Gostaria de destacar algumas verdades que encontramos nestes versículos:


1. Reconhecemos que somos vasos de barro, frágeis, corruptíveis, mas que foram escolhidos graciosamente por Deus para portarem o tesouro da glória de Deus.


A morte de nosso irmão nos faz lembrar a fragilidade humana; que somos “como a erva e como as flores do campo. Seca-se a erva e caem as flores, mas a Palavra de nosso Deus subsiste ternamente”  Je 40:6-8 – O professor Boldt foi apenas um vaso de barro, mas foi um daqueles vasos que Deus pode “purificar ... para ser sim vaso de honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor”  2Tim 2:21


2. Da fé nasce a firmeza e a oração: “Cri, por isso falei”  v.13


A vida do Prof. Boldt é um exemplo sublime do significado desta frase: “Cri, por isso também falei.” Conhecemos o irmão há quase 14 anos e sempre pudemos observar e admirar esta fé que se manifesta na ação. Não agia propulsionado por sentimentos superficiais, mas por convicções profundas emanadas da fé em Deus e sua Palavra. Me lembro da situação difícil em que assumiu o Departamento de Música do antigo ITE. Mas com humildade e corajosa fé iniciou o trabalho, suportando todo tipo de adversidades porque “ele creu, e por isso falou”. Ficará diante de nós como exemplo inspirador de uma fé inabalável, uma fé que leva à ação, à dedicação incansável de todas as sua forças a favor da obra do Senhor. Esta personalidade consagrada exerceu poderosa influência sobre todos que com ele conviveram. E, nas palavras de um ex-aluno, continua vivo em nossos corações e nossas vidas.

3. Na ressurreição de Cristo se fundamenta a nossa ressurreição.


Acabamos de celebrar a Páscoa, lembrando-nos da vitória de Deus sobre as hostes do maligno e da morte. E a ressurreição de Cristo garante a nossa própria ressurreição. Nosso irmão, mesmo não recuperando a consciência depois do acidente, amanheceu para uma nova vida. Cristo vive e com ele todos que crêem nele como Senhor e Doador da vida.            João 11:28


4. Esta passagem nos consola porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. “Aqui gememos carregados, enquanto estamos no corpo e vivemos ausentes do Senhor – porque andamos por fé e não por vista – mas temos confiança e desejamos habitar com o Senhor.” Nosso irmão agora vê aquele no qual creu aqui em sua vida, habita com seu Senhor, adorando-o e entoando com voz renovada um novo cântico, o “cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro”.  Apc15:3


 

Conclusão


Certeza e convicção, humildade e firmeza, dedicação e trabalho, virtudes nascidas do contato íntimo com a Palavra de Deus e com seu Senhor Jesus Cristo, distinguiam este grande servo de Deus. E nós, que permanecemos aqui na obra, queremos pedir a Deus a graça necessária para segui-lo, assim como de seguir a seu Mestre. – E que a frase que me parece indicar o segredo da vida do irmão Boldt “Cri, por isso falei” possa nos levar à mesma professão: Nós cremos também, por isso também falamos.

2Co 4:13,14,16; 5:1

Esta é uma das poucas pregações escritas por extenso.

11/04/80  Boqueirão – Curitiba / Brasil             
Sepultamento do Prof. John Boldt

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